O Alentejo é uma das mais fantásticas regiões de Portugal. Falo isso sem exagero algum. Nessa terra onde as “bolotas” dão à carne do porco ibérico um sabor especial e, consequentemente, fazem a alegria dos apaixonados pela gastronomia, onde os vinhos parecem nascer de fontes sagradas, onde as construções parecem parte de um eterno cenário de cinema e onde as pessoas parecem ter sido escolhidas pelo criador para transbordar alegria, cordialidade e simplicidade, é impossível não ser feliz. Se você acha que estou exagerando, precisa urgentemente marcar seu voo para Portugal e conhecer de verdade o Alentejo. E não me venha dizer que conhece o Alentejo se você fez um passeio de bate-volta até Évora e Arraiolos partindo de Lisboa, ok. Há uma imensidão de maravilhas a se explorar.
O Alentejo conta com pouco mais de 500 mil habitantes e 27 mil quilômetros quadrados, chamando a atenção por suas pequenas vilas que abrigam tesouros impressionantes. São castelos que contam histórias de batalhas épicas na antiguidade, capelas sinistras moldadas com crânios e outros ossos humanos e catedrais com detalhes minimalistas de estilos arquitetônicos consagrados.
Se tem uma região onde podemos usar o termo “explorar” de forma 100% positiva, essa região é o Alentejo. Há tanto que se fazer, que se conhecer, que se apaixonar… e isso não é possível fazer em apenas algumas horas, em um passeio que dura apenas um dia, partindo de Lisboa. A minha dica mais valiosa entre todas que você vai ler por aqui é: fique no Alentejo por mais tempo. Dedique alguns dias para conhecer melhor a região e aí sim, entender o que é o Alentejo, conhecer os sabores, as histórias, as belezas naturais e o melhor de tudo, o alentejano.
Uma das mais básicas experiências para viver por lá é percorrer as ruas centrais de suas vilas e permitir se perder a todo instante. É exatamente assim que a cada virar de esquina você vai se deparar com algum vestígio arquitetônico de outros tempos.
A cultura do Alentejo é muito bem definida, mas cada povoado tem suas próprias características, assim como sua história, gastronomia e costumes.
Na minha viagem de dois meses desbravando Portugal, o foco foi dedicar mais tempo aos locais que ainda não conhecia ou que havia visitado muito pouco nas viagens anteriores. E por esta razão, separei oito dias para ficar hospedada no Alentejo. Minha base foi a cidade de Évora, lugar que roubou meu coração para sempre e atiçou ainda mais o meu “comichão historiador” que andava meio adormecido.
A minha intenção aqui é ajudar de alguma forma no planejamento da viagem, sim, mas prioritariamente é alimentar aquele bichinho da curiosidade que todos nós, que amamos viajar, temos cá dentro e que sempre fica pulando quando descobrimos destinos novos. Então, vamos aos lugares mais adoráveis que conheci por lá e aos que infelizmente não tive tempo de conhecer, mas que considero necessário incluir na sua viagem.
Évora
Évora foi, sem dúvida alguma, a maior surpresa de toda a minha viagem. Uma cidade linda, acolhedora, com um céu azul que gritava pra ser fotografado a todo instante. O conjunto arquitetônico dessa cidade é extremamente bem cuidado e vasto em história.
Apesar de ter crescido para além das muralhas antigas, Évora é uma cidade relativamente compacta, mas não se engane, por lá você vai encontrar um belíssimo Templo Romano, muros medievais, becos mouriscos e mansões do séc. XVI. Não foi á toa que a UNESCO atribuiu o estatuto de Patrimônio Mundial da Humanidade, implantando-a permanentemente nos circuitos turísticos mundiais.
Você pode começar a sua visita na Praça do Giraldo e, a partir daí, são cerca de 10 minutos para chegar a qualquer uma das principais atrações. Em Évora, todos os caminhos vão dar à Praça do Giraldo. Sempre foi assim desde a sua construção entre 1571/1573.
O Templo romano de Évora, com mais de 2000 anos, é uma das ruinas históricas mais importantes de Portugal e um dos mais visíveis símbolos da ocupação romana na cidade. Escavações mais recentes, revelaram que o Templo seria rodeado por um pórtico monumental e um belo espelho d’água. Considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO, é um ponto turístico obrigatório.
Ali bem pertinho fica a Sé Catedral de Évora, outra importante atração e a maior catedral medieval de Portugal. Com duas torres assimétricas e uma cúpula notável, a igreja é austera e grandiosa. Sua capela-mor é decorada com mármores de diversas origens e seu verdadeiro nome é Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, um verdadeiro marco da arquitetura portuguesa. Aproveite e faça o tour completo pela Catedral, que leva até o telhado, onde se tem uma vista incrível da cidade. Ao descer, atenção especial aos claustros e ao belo jardim.
Ainda na região central, conheça o Palácio dos Duques de Cadaval, os museus de Évora, a Pastelaria Violeta com seus incríveis doces, o Jardim Público de Évora e lá dentro, o Palácio de D. Manuel.
Não deixe de visitar também o Aqueduto da Prata, que ainda é usado para abastecer os moradores, além de ser um monumento fascinante. Na Praça de Giraldo, onde o aqueduto terminava, existiu uma fonte “adornada por leões de mármore” e associada a um arco de triunfo romano, ambos posteriormente sacrificados para a remodelação da principal praça da cidade e a fonte foi substituída pela atual fonte presente na Praça de Giraldo.
As Muralhas de Évora estão classificadas como monumento nacional desde 1922 e são parte integrante do conjunto do Centro Histórico de Évora Património Mundial UNESCO. Évora é uma das poucas cidades de Portugal que, ao longo dos tempos, tem conservado as suas antigas muralhas quase intocadas.
As Muralhas apresentam uma grande variedade de estilos, marcados por várias alterações e restauros levados a cabo em diferentes épocas por diferentes povos, como os Romanos, os Visigodos, os Mouros e os Portugueses Medievais. Foram utilizadas ao longo dos tempos como linhas defensivas fortificadas.
O sistema defensivo da cidade de Évora é formado por duas linhas de muralhas que correspondem a diferentes períodos de tempo. A primeira muralha, conhecida por cerca-velha, é de construção romano-medieval e é caracterizada por várias torres de diferentes formas: quadradas, circulares e poligonais. A segunda muralha, conhecida por cerca-nova, é de construção medieval, do século XVI.
E para sua visita ficar completa, você precisa visitar a famosa Capela dos Ossos de Évora, um dos lugares mais concorridos da cidade. Ela fica dentro da Igreja de São Francisco e por lá você também vai encontrar um núcleo museológico e uma bela vista da cidade.
Apesar do clima mórbido que muitos insistem em mencionar, a Capela dos Ossos não é nada mais que um lugar de reflexão e por isso mesmo, uma visita extremamente necessária.
Confira aqui a matéria completa que fiz sobre a Capela dos Ossos
Monsaraz
Ao chegar a Monsaraz deparamo-nos com o seu magnífico conjunto arquitetônico protegido pela muralha medieval construída nos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis.
Sua muralha abraça vários monumentos, entre os quais a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa, a Igreja da Misericórdia de Monsaraz, os Paços da Audiência, a Igreja de Santiago e todo seu casario.
A pequena vila de Monsaraz tem apenas algumas centenas de habitantes e é um brilhante exemplo da pureza de linhas e alvura de cores das construções alentejanas. Durante sua visita por dentro da vila, no núcleo intramuros, siga caminhando vagarosamente ao coração da vila e, partindo da praça central, se dedique a conhecer pelo menos a Igreja Matriz e o Pelourinho, que datam do séc. XVIII. o ritmo da visita aqui é ainda mais lento, mais vagaroso do que em Évora. Se por lá o clima sereno da cidade é um convite a uma brusca redução de ritmo, aqui em Monsaraz isso é elevado à quinta potência.
O castelo proporciona uma vista panorâmica dos campos e do magnífico lago Alqueva. Sua localização é privilegiada, já que Monsaraz é um dos povoados mais charmosos do Alentejo. Construído com pedraria irregular de granito e xisto, é um castelo como o que as crianças imaginam em seus contos de fadas, com suas imponentes muralhas protegendo o vilarejo. Na hora de visitar as muralhas, atenção especial para a Torre das Feiticeiras, essa mítica construção está inserida no castelo que vigia o extremo sul da aldeia; este faz parte de um grupo de fortalezas originalmente geridas pelos Cavaleiros Templários e, mais tarde, pela Ordem de Cristo. As vistas a partir das muralhas são realmente magníficas, especialmente em um fim de tarde.
Parte do encanto desta deliciosa localidade deve-se também aos vestígios pré-históricos. Quatro mil anos atrás, a região em torno de Monsaraz foi um importante centro de cultura megalítica, várias antas (templos ou túmulos cobertos), menires (pedras em pé) e círculos de pedra sobrevivem até os dias de hoje. O mais próximo de Monsaraz, 1,5 km abaixo da aldeia, é o mais impressionante, o Cromeleque do Xerez, um quadrado de 49 pedras de granito, provavelmente o local de ritos de fertilidade do Neolítico.
Aproveite para visitar também a Anta do Olival da Pega e o Menir do Outeiro que ficam nos arredores de Monsaraz.
Mértola
Localizada no alto de um esporão e protegida pelas ruínas de um castelo mourisco, Mértola faz parte do Parque Natural Vale do Guadiana. Esta pequena cidade possui uma história de milhares de anos de ocupação pelos mais diversos conquistadores e colonizadores, fato que se reflete em praticamente todos os edifícios e ruas.
Mais uma vez, encontramos aqui um centro histórico compacto, recheado de inúmeras atrações. Mértola tem tantas histórias para contar que os moradores brincam que não se pode cavar um buraco por ali sem achar um vestígio de centenas de anos – ou até mais. Antiga cidade muçulmana, preserva construções da época, como uma mesquita que hoje funciona como igreja católica. Esse lado da sua história é perfeitamente retratado durante o Festival Islâmico de Mértola, que acontece a cada dois anos no mês de maio e reúne o melhor dessa cultura.
Quanto aos arredores da cidade, estes caracterizam-se pelo ambiente rural, tranquilo e relaxante, sendo especialmente agradável um passeio pelos montes, vales e margens dos rios – destaque para a velha cidade mineira de S. Domingos.
Quando visitar o Alentejo, lembre-se que a região é particularmente privilegiada para a atividade de Birdwatching. A região de Mértola destaca-se por ser lar da rara cegonha negra e muitas outras aves em risco de extinção.
Arraiolos
Arraiolos, fica a 21 km ao norte de Évora e é uma linda vila com casas caiadas de branco, belas igrejas, praças e um Pelourinho do século XVI, no topo, um castelo do século XIV. O Castelo de Arraiolos é um dos poucos castelos circulares do mundo. Por estar localizado no cume do monte de São Pedro, proporciona uma vista de 360 º sobre a planície Alentejana.
Famosa pelos soberbos tapetes feitos à mão desde o século XIII, que levam fama por séculos e decoram os interiores dos melhores palácios em Portugal, algumas dessas belíssimas criações do século XVIII estão penduradas nas paredes do Palácio de Queluz, por exemplo.
A igreja mais antiga de Arraiolos, dentro das muralhas, a Igreja do Salvador, começou por ser uma pequena igreja românica fundada no século XIII, no tempo de Dom Afonso II – Arraiolos ainda nem tinha muralhas a esta época. Um pouco mais adiante, a Praça do Município, é o lugar ideal para descansar numa esplanada. Já depois do ano 2000 descobriram que por todo o largo, buracos profundos foram possivelmente usados para armazenar a tinta onde se tingiam as lãs. Essas câmaras de corante, com 500 anos de idade estão preservadas e hoje, podem ser vistas no interior do Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, localizado no antigo Hospital do Espírito Santo e que ainda mantém a sua porta manuelina. O espaço ideal para aprender a história dos tapetes de Arraiolos e conhecer o seu patrimônio histórico. Ainda na praça, bem ao lado, estão o manuelino Pelourinho de Arraiolos, com a coluna de mármore branco de Estremoz, do século XVI.
Se você é um apaixonado por tapeçaria, Arraiolos é um sonho. Os melhores são realmente mais caros, mas acredite, muito menos que em outros lugares pelo país.
Elvas
Elvas é uma cidade-quartel, e não é à toa. Localizada nas proximidades da fronteira com a Espanha, fica apenas a 15 km de Badajoz, foi muito atacada ao longo dos séculos, constituindo um ponto importante nas defesas portuguesas. Suas fortificações são consideradas Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, contando com construções imponentes como os Fortes da Graça e de Santa Luzia, Fortins de São Mamede, São Domingo e São Pedro, suas muralhas seiscentistas e mais. Para completar, a vista do Castelo de Elvas é inigualável, e fica ainda melhor ao pôr do sol. Elvas é a maior cidade fortificada da Europa.
Em posição dominante sobre o monte Nossa Senhora da Graça, o Forte da Graça se destaca por sua arquitetura peculiar, que proporciona uma vista aérea impressionante.
Um outro cartão postal da cidade de Elvas é o Aqueduto da Amoreira, uma ousada construção para suprir a escassez de água devido ao aumento da população nos tempos antigos. Sua construção foi iniciada em 1530 e se prolongou por um século. Com 843 arcos e algumas galerias subterrâneas, é uma das obras mais intrigantes do Alentejo.
É incrível o estado de preservação desses monumentos, entre os mais bem conservados da Europa, que contribuiu para que a cidade recebesse a nomeação da UNESCO. Localizada no topo de uma colina, a cidade alentejana possibilita ainda interessantes passeios pelas suas ruelas inclinadas e descontraídos momentos de tranquilidade na praça central, totalmente restaurada.
Estremoz
Estremoz é a “cidade branca” do Alentejo. Reconhece-se ao longe pelo seu casario branco, espalhado ao longo de uma colina, abraçado por velhas muralhas e protegido, noutros tempos, pela imponente Torre de Menagem. Estremoz foi uma importante comunidade fronteiriça no reinado de D. Dinis, que inclusive construiu lá o seu castelo. Este castelo aliás, possui fatos curiosos em sua história.
D. Isabel de Aragão, filha de D. Pedro III de Aragão, casou com o rei D. Dinis em 1282. Conhecida pela sua imensa bondade, ganhou fama de santa ainda em vida. De todas as histórias relacionadas com a Rainha Santa Isabel, a mais famosa é a do milagre das rosas. Diz a lenda que o rei, irritado por sua mulher andar sempre distribuindo dinheiro entre os pobres, a proibiu de dar mais esmolas. Apesar desta proibição, a rainha continuou ajudando os mais carentes de forma secreta, sempre saindo do castelo às escondidas com o manto cheio de pão. Certo dia de Janeiro, ao vê-la sair do castelo, D. Dinis, desconfiado, decidiu perguntar-lhe o que levava escondido. “São rosas, senhor!”, respondeu-lhe a Rainha. “Rosas? Em Janeiro?”, duvidou o rei. De olhos pregados no chão, a rainha abriu o manto e de dentro dele caíram rosas, as mais belas já vistas.
Outra curiosidade relacionada ao castelo de Estremoz conta que naquele local em 1497, D. Manuel entregou a Vasco da Gama o comando da esquadra que futuramente chegaria à Índia.
Este Castelo Medieval do século XIII, foi particularmente simbólico também durante a Guerra da Restauração, no século XVII – assim como Elvas, Estremoz foi das praças-fortes mais importantes no País.
O título de “cidade branca” deve-se, para além da cor do casario, às jazidas de mármore branco, o célebre “Mármore de Estremoz”, que tornou a cidade conhecida a nível internacional. Fato que se torna notório pelas mais diversas utilizações que são dadas ao material. Passeie pelas ruas e praças revestidas com esta rocha cristalina e delicie-se com a opulência do ambiente.
A extração dessa matéria-prima no Alentejo faz de Portugal o segundo maior exportador do mundo, contribuindo Estremoz com cerca de 90% do total de mármore.
Estremoz foi palco de grandes acontecimentos históricos. Transformada em “Praça de Guerra”, aconteceram na cidade inúmeras batalhas de grande importância para Portugal e sua História. Duas foram determinantes para a independência de Portugal: a Batalha do Ameixial e a Batalha dos Montes Claros.
A entrada da cidade é feita por uma das quatro portas que atravessam as muralhas do Castelo: Porta de Santo Antônio, Porta de Santa Catarina, Porta dos Currais (ou de Nossa Senhora dos Mártires) e Porta de Évora (ou Porta Falsa). São construções medievais do século XVII em mármore da região.
A cidade de Estremoz está dividida em duas áreas bem demarcadas, de belezas e encantos distintos. Uma é a zona baixa e comercial, chamada “vila nova”, que se prolonga pela área plana da cidade e a outra, a “cidade velha”, situa-se na zona alta, junto ao Castelo, onde se chega por entre ruas labirínticas e sinuosas. Uma vez no topo, desfrute do prazer da riqueza monumental da paisagem alentejana. Até onde sua vista puder alcançar.
Marvão
Marvão fica a uma hora e meia de Évora e é uma minúscula vila com menos de 1.000 habitantes, caracterizada por construções de linhas puras, com vãos de janela em granito e inclinados telhados vermelhos. A aldeia está ainda protegida por uma impressionante muralha do séc. X.
Localizada no topo de uma estrada ondulante que avança pela escarpada montanha, Marvão proporciona vistas absolutamente fantásticas, que constituem provavelmente o seu principal ponto de interesse turístico. No entanto, e apesar de haver pouco mais para ver na pitoresca aldeia, é bastante compensador passear pelas suas ruelas e pelos seus belos jardins.
No ponto mais alto da Serra de São Mamede, em pleno Parque Natural, encontra-se o Castelo de Marvão, uma construção magnífica, com seu belo e colorido jardim protegido por muros. A vista de tirar o fôlego é um verdadeiro espetáculo da natureza, possibilitando uma visão panorâmica dos vastos campos verdes da serra.
Beja
Estrategicamente localizada no centro da planície, a romana Pax Julia, que foi fundada 48 anos antes de Cristo, em honra do acordo de paz aqui assinado entre Roma e os Lusitanos, é outro lugar inevitável para visitar no Alentejo. No entanto, a sua localização geográfica leva a que seja também, frequentemente conhecida como a cidade mais quente de Portugal – algo que não agrada a todos os turistas, sobretudo quando apanhados de surpresa pelas elevadas temperaturas dos meses de verão.
Beja é também conhecida pelo caso de amor entre uma freira do século XVII que viveu no Convento de Nossa Senhora da Conceição, no centro da cidade. Mariana Alcoforado apaixonou-se pelo Conde Chamilly, oficial de cavalaria francesa, entre tantas lágrimas, esse amor rendeu o livro “Cinco Cartas de amor” publicado pela primeira vez em Paris em 1669.
O Convento é um impressionante edifício, fundado no século XV, e tem uma variedade de ornamentos manuelinos, incluindo portais elaborados e um teto decorado com balaústres e pináculos. Dissolvido em 1834, o convento abriga hoje o excelente Museu Regional no Largo de Conceição.
A arte da igreja e pinturas flamengas estão reunidas nas galerias do claustro, mas são os suntuosos azulejos do convento que chamam a atenção – as paredes dos claustros são completamente cobertas com azulejos dos séculos XVI e XVII. Já no andar de cima encontra a pequena seção arqueológica – inscrições romanas lembram a importância da Beja romana. O outro destaque é uma magnífica capela rococó, adornada com querubins.
Para além da atraente Praça da República e pelourinho, em Beja você também vai encontrar a belíssima Santa Casa da Misericórdia. Sua enorme varanda serviu originalmente como mercado de carne e a pedra é propositalmente cinzelada para dar uma aparência mais rústica.
O Castelo de Beja é outro lugar a se visitar, ele foi construído por D. Afonso III. O mercado de sábado é realizado por lá, junto às muralhas. Na sombra do castelo ergue-se a caiada e visigótica Igreja de Santo Amaro – hoje um pequeno museu arqueológico.
O bairro antigo é um emaranhado circular de ruas, fechada dentro de um anel viário que substituiu em grande parte as paredes da cidade. De carro pode ficar bastante perto do centro histórico, e há estacionamento em vários pontos sinalizados.
Sendo esta uma das principais cidades a visitar no Alentejo, tente ficar hospedado ao menos uma noite, usufruindo dos inúmeros cafés e restaurantes de elevada qualidade.
Para ter plena consciência da influência romana nesta região, uma boa dica é visitar as Ruínas Romanas de São Cucufate. Através de uma série de extensas escavações e reconstruções, você vai poder conhecer a história de 3 aldeias romanas distintas.
As estações de ônibus e trens ficam a cinco minutos a pé do centro mais antigo. Beja tem boas ligações de transportes para o resto de Portugal, assim como ligação de ônibus para Sevilha.
Vila Viçosa
O principal ponto de atração desta belíssima cidade é o seu Paço Ducal, conhecido como a última residência da monarquia portuguesa. Esse é sem dúvida alguma um dos prédios mais emblemáticos do Alentejo. Sua fachada mede impressionantes 110 metros revestidos com mármore extraído da própria região. Hoje, o paço funciona como um museu, e seu acervo inclui o antigo mobiliário da realeza portuguesa.
Apesar do grande volume de turistas que visitam a cidade durante o dia, especialmente no verão, o local ainda conta com aquele clima especial do Alentejo, meio slow motion mesmo. Se você optar por passar a noite em Vila Viçosa vai poder usufruir ainda mais do característico ambiente calmo e relaxante desta charmosa cidade.
Mais uma vez, e tal como em Estremoz, o mármore domina a paisagem da cidade, sendo utilizado em todas as construções, desde o mais modesto edifício até ao revestimento do mais luxuoso pavimento.
Evoramonte
Recheada de histórias fabulosas sobre os tempos da reconquista, a pequena Evoramonte brinda seus visitantes com muito charme, vastas planícies douradas e um belo castelo que coroa o topo da Serra D’Ossa, na região do Alentejo, em Portugal.
A apenas 26 quilômetros da cidade de Évora, a vila é dividida entre a zona baixa, onde vivem a maioria de seus habitantes, e a vila medieval, localizada no alto de uma colina de 481 metros de altitude e rodeada por muralhas. A fortificação militar é de encher os olhos e conta com quatro portas dionísias originais: Porta do Freixo, Porta do Sol, Porta de São Brás e a Porta de São Sebastião.
Os turistas se surpreendem com o imponente castelo ou Paço Ducal de Evoramonte. Muito distinta das tantas outras edificadas na mesma época, a obra é uma reconstrução do projeto original, que foi destruído em decorrência de um terremoto em 1531. O castelo é formado por quatro torreões dispostos em formato quadrangular, que lhe dão um aspecto de baluarte militar. Aproveite para ver do terraço a impressionante vista dos campos alentejanos, iluminados por um belo pôr do sol.
Um dos pontos altos da história de Portugal passa por aqui e diz que a antiga Rua Direita, hoje chamada de Rua da Convenção, abriga a casa onde foi assinada a Convenção entre os Absolutistas e os Liberais, fato que finalizou a Guerra Civil portuguesa.
Ainda na vila antiga, que praticamente parou no tempo, passeie por suas pequenas ruas decoradas com casinhas brancas típicas. Muitas vezes, os rodapés e contornos de portas e janelas são pintados de amarelo ou azul, dando um colorido especial ao cenário pitoresco. Vale uma visita à Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, que reúne estilos gótico e barroco, além das lojinhas de artesanato na Rua Santa Maria.
Alcácer do Sal
Vindo de Lisboa, Alcácer do Sal é a primeira cidade do Alentejo, estando apenas a 52 quilômetros de distância de Setúbal. Beja e a costa alentejana ficam a menos de uma hora de distância, Alcácer é um ótimo lugar para fazer um passeio marítimo. É dos portos mais antigos de Portugal, fundada por fenícios e capital regional sob os mouros – daí o seu nome al-Ksar – o termo norte-africano para “castelo berbere”, possivelmente emprestado do latim castrum.
O termo geralmente se refere a uma povoação fortificada berbere A outra parte do seu nome, “de Sal”, reflete a predominância da indústria do sal com o estuário do Sado cercado por pântanos salgados.
Dom Afonso Henriques conquistou-a aos mouros em 1158-1160, com a ajuda dos Cavaleiros Templários. O Grão Mestre Frei Dom Pedro Arnaldo da Rocha morre na Batalha e acredita-se que foi um dos nove fundadores da Ordem dos Templários. Gualdim Pais torna-se seu sucessor.
Mas os mouros não iam perder uma capital regional sem muita luta e acabaram por reconquistá-la. Foi definitivamente conquistada em nome de Portugal pelo neto de Dom Afonso Henriques – Dom Afonso II, tornando-se a sede da Ordem Militar de Santiago em Portugal (com símbolo de espada em forma de cruz).
Acima da cidade, ergue-se o Castelo, de origem islâmica. Tem uma vista espantosa sobre os arrozais verdejantes que circundam a cidade, e de ninhos de cegonhas nos telhados da igreja. Atualmente funciona por lá a Pousada Dom Afonso II
Perto, na cripta arqueológica do Castelo pode-se ver vestígios de várias civilizações que em períodos distintos povoaram a localidade; passando pela Idade do Ferro, pela ocupação islâmica, assim como o Período Romano.
No interior das muralhas do Castelo, a igreja de Santa Maria do Castelo foi erguida pela Ordem de Santiago, quando a cidade foi reconquistada por Dom Afonso II, no século XII, sob um templo pagão e mesquita.
Caminhando por cerca de 10 minutos do Castelo, pela Rua Bom Jesus dos Mártires, fica um dos mais antigos templos cristão em Portugal. Construído pela Ordem Militar de Santiago, no século XIII na altura da reconquista, e depois ampliado do século XIV ao século XVI. Alguns membros da Ordem estão sepultados na capela. Ao subir a torre, uma bela vista do rio Sado e dos arrozais estarão lhe aguardando.
Na reserva do Estuário do Sado, a cerca de meia hora de carro da cidade encontramos o Cais erguido nas décadas de 50 e 60 na Carrasqueira, onde cada pedaço de madeira, mesmo que aparentemente irregular, foi colocado sabiamente para que os pescadores possam chegar aos seus barcos. Esse é sem dúvida alguma um dos lugares mais instagramáveis da região.
Um pouco mais adiante, a cerca de 15 minutos de carro do Cais Palafítico, em direção à costa alentejana, encontramos a popular Praia da Comporta, uma bela faixa de areia com toda a infraestrutura de apoio necessária para um belo dia na praia. Por lá você também vai encontrar bar e restaurantes especializados em peixes grelhados e frutos do mar. Essa praia também é conhecida pelos ninhos de cegonhas brancas e por ter virado modinha nos últimos verões. Do Alcácer do Sal à Praia da Comporta são cerca de meia hora de carro. E então, já estamos na Costa Alentejana.
Costa Alentejana
A costa alentejana estende-se por mais de 150 quilômetros, da baía de Setúbal até o Algarve. Algumas das praias são ainda selvagens, podendo chegar apenas por estradas secundárias ou trilhas.
De frente para Setúbal fica a península de Tróia que é facilmente acessível de carro ou por ferry e tem as melhores praias nas imediações.
A 16 minutos de carro para sul da Comporta, pela N261, encontra-se a Praia do Carvalhal – uma excelente alternativa à praia de Tróia e de Comporta. localizada entre as lagoas de Travessa e Formosa, é uma– excelente opção para quem prefere o mar calmo.
Um pouco mais adiante, por volta de dez minutos você vai encontrar a Praia do Pêgo, de bandeira azul com restaurante-bar – tranquilidade e águas limpas.
Mais para sul, fica uma praia de rara beleza selvagem, a Praia da Galé-Fontainhas do Mar, cujo acesso à praia se dá pelo camping da Galé.
A cerca de 10 minutos de carro, em direção a Vila Nova de Milfontes, no sul de Porto Covo encontra-se a Ilha do Pessegueiro. A ilha que dá nome à praia fica a poucas centenas de metros da costa, claramente visíveis e alcançáveis a partir de barcos de pesca local.
A 20 km ao sul de Porto Covo, cerca de meia hora de carro chegamos a Vila Nova de Milfontes, no estuário do Rio Mira. A avenida marginal, termina num farol, a quinze minutos do centro de onde podemos ver toda a força do Atlântico sobre as rochas em um espetáculo da natureza. Apesar da Praia do Farol ser espaçosa, nos meses de julho e agosto fica lotada, e tomar o ferry (que parte a cada 30 minutos, das 10 da manhã às 7 da noite) do cais no sopé do “Castelo de Milfontes”, pode ser uma ótima opção para aproveitar com mais tranquilidade o outro lado do estuário, na outra faixa de dunas da praia.
A cerca de meia hora de Vila Nova de Milfontes, fica a Praia da Zambujeira do Mar. No topo Norte, poderá ver toda a praia do mirante, onde se encontra a Capela da Nossa Senhora do Mar. A Zambujeira do Mar é particularmente popular no verão dado ao fato de ser o centro de um dos maiores festivais de música em Portugal.
Quando ir
A primeira coisa a fazer é decidir quando marcar sua viagem para o Alentejo. Tenha em mente o seguinte:
De meados de abril a final de junho – nesta zona, a primavera chega cedo, cobrindo a paisagem com as adoráveis cores das flores campestres; o clima agradável faz com que esta seja um ótimo período para passeios e visitas.
De julho a final de agosto – estes meses são inacreditavelmente sufocantes e esta região, especialmente o interior, é considerada a mais quente de Portugal; dadas as elevadas temperaturas, é preciso ter algum cuidado com o vestuário e hidratação.
A partir de meados de setembro – a temperatura volta a descer para limites dentro do aceitável, proporcionando uns dias de férias muito agradáveis; nesta altura você também já não terá de suportar o elevado número de turistas.
Como se deslocar
O meio de transporte ideal para esta região é mesmo o carro, que lhe permite gerir o tempo de forma eficaz e se locomover com mais praticidade e sem grandes preocupações.
Obviamente você poderá deslocar-se a pé, a cavalo, em charretes… é o caso de se informar in loco sobre as várias alternativas disponíveis. A minha indicação é contratar os serviços de um receptivo local que tenha profundo conhecimento na região para poder visitar o máximo possível se você, assim como eu, não dirigir.
Durante todo o tempo que estive pelo Alentejo, eu fui acompanhada pelo querido Miguel Mira da Top Emotions. O fato de não dirigir não me deixou limitada em minha viagem. Eu e o Miguel bolamos vários passeios incríveis por esta região fantástica e, pra ficar ainda melhor, tive a oportunidade de fazer um tour espetacular em um belíssimo Mercedes 220S Cabrio de 1958. Entre tantas excelentes opções de passeios e demais serviços que a Top Emotions oferece, fazer um tour em um carro clássico foi simplesmente a experiência mais diferenciada que tive no Alentejo. Confio e indico os serviços deles de olhos fechados.
O que comer
Portugal é sem dúvida alguma um dos países mais ricos em sua variedade e qualidade gastronômica e o Alentejo não é exceção. A base daquela que é uma das mais saborosas cozinhas do país passa pelo pão, azeite, ervas aromáticas e porco. Assim, não posso deixar de sugerir que, depois de provar os famosos enchidos, ataque uma bela sopa de tomate com linguiça, umas migas com carne de porco preto ou uma fabulosa açorda alentejana. Dada a versátil oferta da região, também ficará bem servido com um ensopado de borrego, um prato de caça ou um belo peixe do sudoeste alentejano.
Para terminar, uma referência bem destacada e especial para os reputados queijos do Alentejo (os de Nisa, Serpa e Évora são dos preferidos) e para os deliciosos doces conventuais, à base de açúcar, ovos e amêndoas. A minha dica para encontrar maravilhosos doces é a Pastelaria Violeta, fantástica.
O que beber
Com o seu clima quente e seco, o Alentejo possui as condições ideais para a produção de vinhos de qualidade reconhecida mundialmente. Saiba então que os vinhos brancos desta região se caracterizam por seu toque suave e ligeiramente encorpado, com aromas a frutos tropicais; quanto aos vinhos tintos, estes são encorpados, ricos em taninos e com aromas a frutos vermelhos/silvestres. São simplesmente espetaculares.
Se você tiver tempo, visite uma das inúmeras adegas que estão espalhadas pela região, aproveitando para marcar uma das atividades que estes espaços rústicos disponibilizam: de degustações de vinhos e produtos regionais a workshops, cursos e tours pela região vinícola, com certeza você vai voltar com um ótimo conhecimento dos vinhos da região.
Quem leva
Para realizar passeios incríveis pelo Alentejo, a Top Emotions é a empresa de receptivo perfeita. A empresa também realiza transfers e outros tours por todo o país, não somente na região do Alentejo. Entre em contato e garanta muito mais qualidade na sua viagem. Eu recomendo pois amei todos os serviços que fiz na companhia do querido Miguel Mira. Recomendo de olhos fechados.
Onde ficar
Em Évora eu fiquei hospedada em dois belíssimos hotéis. O Hotel M’ar de Ar Muralhas é um aconchegante 4 estrelas localizado dentro do Centro histórico da cidade, tendo as muralhas passando por sua área de lazer. Fiquei hospedada também no Hotel M’ar de Ar Aqueduto, este, um elegante 5 estrelas que também fica dentro do Centro Histórico, tendo o aqueduto como vista de minha varanda e também muito pertinho da Pastelaria Violeta, a minha paixão/vício nos doces de Évora. Clique nos links onde descrevi o mais detalhado possível ambos os hotéis.
Onde comer
Em Évora você vai encontrar boas opções de restaurantes e barzinhos. Fuja daqueles que ficam na Praça de Giraldo, são turísticos demais e além de terem preços mais altos, a comida não chega a ser grande coisa. Sinceramente, para mim, as melhores comidas foram as que encontrei em lugares muito pequenos e simples.
Falando de forma bem direta aqui, não curti o Restaurante Fialho, meio famosinho entre os brasileiros, achei tudo caro demais para uma comida apenas ok. Se fosse uma comida maravilhosa, daquelas de comer rezando até justificaria. O mesmo vale para o Restaurante Cartuxa, nada de mais.
Entre os que considerei a relação custo benefício positiva, ou seja, preço bom e bons pratos e serviços estão a Tasquinha do Oliveira, O Restaurante Páteo, que fica em um beco escondidinho, mas que além de estar em uma gracinha de lugar e ter uma equipe super atenciosa, conta com alguns pratos de Porco Ibérico bem saborosos. Estive por lá algumas vezes para experimentar cada prato desses e gostei de todos. Agora, se você quer ter uma opção mais requintada e, consequentemente mais cara, mas que condiz com os pratos e serviços oferecidos, a dica é o Restaurante Degust’AR, que fica dentro do hotel M’AR De AR Aqueduto. Os Tentáculos de polvo salteados em azeite e alho estavam divinos. Aqui os pratos são muito bem elaborados com produtos locais e a base do cardápio vem da região.
No quesito doces, nenhum lugar é melhor (na minha humilde opinião) que a Pastelaria Violeta. Lá eu experimentei doces maravilhosos. Minha dica para além dos doces típicos da região como a sericaia, é um doce em forma de lâminas de amêndoas, muito fino e delicado. Juro, por mim, passaria dias comendo só aquilo. Infelizmente não me recordo o nome dele, mas é muito fácil de reconhecê-los no balcão. Há quem diga que o Bolo Rei de lá é de comer rezando, mas como não sou muito fã desse doce, não provei para ter certeza disso.
Em Monsaraz, a caminho da vila e seu lindo castelo, parei em um restaurante no meio do caminho que foi um achado daqueles, na verdade, o Miguel da Top Emotions já tinha captado exatamente o que eu realmente gostava na hora de sentar para almoçar: pratos bem servidos, saborosos, de cozinha regional e com preços justos. Pra mim, esta é a combinação perfeita nas minhas viagens. Quero provar de tudo um pouco e nem por isso quero deixar um rim ou um pulmão para pagar a conta no final da refeição. O Restaurante Sem-Fim fica a poucos minutos da vila e é um lugar rústico e muito interessante.
Foi lá que iniciei o meu amor/vício pelo porco preto, o porco alentejano que já falei bastante por cá. No “Sem-Fim” eu apostei no Secretos de Porco Preto com Migas de Coentros, claro, indicação do Miguel (que eu amei) e que eu comia vagarosamente, como quem não quer terminar o prato. Segundo ele, as Bochechas estufadas com arroz e salada também são muito saborosas, mas o termo “secretos” atiçou a minha curiosidade. Foi uma feliz escolha e a minha dica de melhor porco preto que comi no Alentejo.
Falar sobre restaurantes, comidinhas, doces e vinhos é algo muito particular e aqui expresso apenas a minha opinião, o que não significa que seja uma unanimidade, ok.
Ufa, chegamos ao fim. Claro que não falei de todas as lindas e charmosas vilas do Alentejo, por isso mesmo não é um “Guia Completo”, mas eu sinceramente acho que depois de tantas informações você já tem razões mais que suficientes pra preparar a mala e voar rapidinho pra descobrir esse incrível Alentejo. Boa viagem!
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3 thoughts on “Super guia do Alentejo para você explorar a maior região de Portugal”