A Cordoaria Nacional, em Lisboa, recebe a partir de 14 de junho a exposição “Banksy: Genius or Vandal”, que reúne mais de 70 trabalhos do artista britânico cuja identidade se desconhece. Um detalhe importante, é que esta exposição com obras de Banksy não tem o consentimento do artista.
De acordo com a promotora Everything is New, em comunicado divulgado, trata-se da “primeira grande mostra em Portugal sobre o iconoclasta britânico que revolucionou a arte contemporânea e cuja identidade permanece uma incógnita”. A partir de 14 de junho, na Cordoaria Nacional serão mostradas “mais de 70 obras originais cedidas por vários colecionadores privados internacionais”. Uma oportunidade daquelas de apreciar de perto algumas das obras de Banksy.
No entanto, esta mostra, “como todas as que foram dedicadas anteriormente a Banksy, não é autorizada pelo artista, que busca defender seu anonimato e a sua independência do sistema”.
Os trabalhos irônicos de Bansky – ratos, policiais de choque com caras de ‘smileys’ amarelos -, que refletem temas como a guerra, a pobreza infantil e o meio ambiente apareceram inicialmente em paredes de Bristol, antes de se espalharem por Londres e depois pelo resto do mundo.
A exposição “Banksy: Genius or Vandal” já passou por Moscou, São Petersburgo e Madrid, onde “foi visitada por mais de 600 mil pessoas”.
A mostra com as obras de Banksy estará exposta na Cordoaria Nacional, em Lisboa, até 27 de outubro e os bilhetes já podem ser adquiridos.
A identidade de Banksy permanece um mistério, mas os seus trabalhos têm alcançado valores elevados em leilões. No entanto, as obras são vendidas à sua revelia e o artista não recebe qualquer valor das vendas.
Em outubro, uma obra de Banksy destruiu-se depois de ser vendida por 1,04 milhões de libras (1,18 milhões de euros) na leiloeira londrina Sotheby’s.
O próprio autor divulgou uma fotografia na rede social Instagram no momento em que o quadro “Girl with balloon” (“Menina com balão”, em tradução livre) se desfaz em tiras ao passar por uma trituradora de papel instalada na parte inferior do quadro.
Em 2015, o artista criou em Weston-super-Mare, uma cidade na zona costeira do oeste de Inglaterra, o parque de diversões Dismaland, uma ironia direta à Disneylândia, que contou com a participação mais de 40 artistas, entre os quais a portuguesa Wasted Rita.
O Dismaland Bemusement Park era apresentado, no ‘site’ oficial da iniciativa, como “um festival de arte, diversões e anarquia para principiantes”, que funcionou apenas durante cinco semanas e teve um número de entradas limitado.
Este parque de diversões incluía um castelo, um cinema, minigolfe, uma tenda de circo e a Guerrila Island (Ilha da Guerrilha), uma celebração da arte de guerrilha, onde aconteceram diversos workshops.
Na Dismaland havia também três galerias de arte e todas as sextas-feiras havia concertos, com bandas e artistas como DJ Yoda, Run The Jewels, Savages, Pussy Riot e Massive Attack.
Com informações de: Lusa